O coletivo Cava é um grupo de artistas que ocupa presentemente parte do espaço da Incubadora do Centro Histórico ao abrigo de protocolo assinado com o Município de Viseu. Com caminhos artísticos individuais próprios e também de cruzamento entre si, assumem com este nome uma identidade que viabiliza objetivos de relação comum neste espaço, abrindo também a janela do seu trabalho ao público.
Teatro, música, pintura, ilustração, fotografia e edição gráfica são as artes que constituem o foco destes criadores. Algumas das atividades decorrentes do seu trabalho passam por residências artísticas, ensaios, oficinas abertas a público diversificado e exposições, entre outras.

Quem?

bRUNO pINTO

Músico e compositor, frequentou os conservatórios de música de Viseu e Aveiro. Licenciou-se em Educação Musical em 2003. Teve aulas particulares, na área da música jazz, com Luís Lapa, Carlos Mendes, Mário Santos, Paulo Pinto e Nuno Ferreira e também na área da educação musical frequentou workshops de Jos Wuitack, Pierre van Hauwe, Murray Schaefer, Edwin Gordon. Integra os grupos Aurora Brava (guitarra, composição e letras), Tranglomango, Colectivo Gira Sol Azul, Moto Moto, Tributal, Stopestra. No seio do Colectivo Gira Sol Azul tocou com Dominique Di Piazza, Freddie Gavita, Manuela Panizzo. Compõe música para teatro e bandas-sonoras, tendo colaborado com Helen Ainsworth, Rogério de Carvalho, Rafaela Santos, Filipe Raposo, Filipa Francisco. Compôs uma banda sonora para o filme mudo Paris Qui Dort, que estreou ao vivo a solo em Julho de 2014 no Teatro Viriato – Viseu. Integra o espectáculo Viajantes Solitários (Joana Craveiro/Teatro do Vestido) para o qual compôs a música. Colabora regularmente em projectos do serviço educativo da Casa da Música, Porto. Co-fundou a Associação Gira Sol Azul na qual colabora e integra a equipa de vários projectos musicais como concertos para bebés e famílias, Orquestra (in)fusão e o grupo A Voz do Rock.

gRAEME pULLEYN

Nasceu em 1967, em Doncaster (Reino Unido), mas reside em Portugal há mais de 30 anos. É licenciado em Estudos Teatrais e Artes Dramáticas pela University of Warwick (Inglaterra).
Já lecionou na Escola Superior de Educação de Viseu (Professor de Expressão Dramática), na Universidade de Coimbra (FLUC), no Curso de Estudos Artísticos, na Escola Superior de Educação da Guarda, (Professor de Expressão Dramática e Artes do Palco) e na Escola Secundária com 3.º Ciclo EB de Tondela (Professor de Oficina de Teatro – 7.º e 8.º ano ensino básico).
Como profissional, destaca-se o trabalho desenvolvido no Teatro Regional da Serra do Montemuro enquanto Diretor Artístico e cofundador. Esta é uma das mais viajadas companhias de teatro portuguesas da atualidade, especializada na criação de novos textos inspiradas no mundo rural.
Desde há 15 anos para cá, quando optou por seguir um percurso independente, Pulleyn, enquanto encenador e intérprete esteve envolvido em cerca de 60 peças. Ao mesmo tempo, desenvolve projetos pedagógicos com diferentes entidades e continua a programar.

InêS fLOR

Inês Flor é uma artista plástica e ilustradora freelance, que reside em Viseu à cerca de sete anos, tendo iniciado a sua actividade em 2017.
As obras de Inês Flor evidenciam um trabalho manual minucioso e demorado. O desenho, feito a esferográfica, apresenta-nos um imaginário algo poético e simbolista, traduzido sobre o papel em expressivos tons azuis. Os recortes e as colagens acrescentam uma plasticidade frágil e espacial às imagens. Como se, de algum misterioso modo, os desenhos de Inês tivessem ganho vida e dimensão e os tivéssemos surpreendido a meio dessa metamorfose.

lUÍS bELO

Viseu, 1987. Luís Belo focou o seu percurso académico na imagem. Licenciado em Artes Plásticas e Multimédia, trabalha enquanto designer gráfico com entidades por todo o país, mas são expressões como a ilustração e a fotografia que refletem mais profundamente a sua visão artística.
Enquanto ilustrador é autor de várias obras publicadas, destacando-se “O que tem a barriga da mãe?”, Editorial Presença (2016) e “Ramiro, Rex Terrae Portugalensis”. Medíocre (2018). Como fotógrafo publica “Emergir” (2013) e “Cidade Nenhuma” (2015), obras que expõe e apresenta pelo país. O seu trabalho fotográfico foi galardoado com vários prémios promovidos por diferentes entidades como Canon, Fnac, Fujifilm e P3.
Co-organiza uma mostra de curtas-metragens, Shortcutz Viseu, onde já realizou mais de 100 sessões e contou com três centenas de convidados. Em 2010, cria o projeto Musiquim – onde colaborou com mais de 60 artistas – e três anos depois dá início à editora Medíocre que conta hoje com uma dezena de publicações.

SÓNIA BARBOSA

Sónia Barbosa nasceu em Barcelos em 1976. Completou a licenciatura de Teatro/Interpetação em 1999 na ESMAE do Porto. Em 2001 participou na École des Mäitres, estágio internacional para jovens actores, com o encenador Jean Louis Martinelli. Entre 2002 e 2009 viveu em Roma, Itália, onde trabalhou como actriz em inúmeros projectos teatrais em língua italiana. Em 2009 regressa a Portugal fixando-se na cidade de Viseu. Continua a dedicar-se ao teatro enquanto actriz, mas agora junta-lhe também a dimensão do ensino e da criação/encenação. Neste momento é docente na área do teatro na ESEV e na Escola Lugar Presente, é Artista Associada do Teatro Viriato. Em 2020 conclui o Doutoramento em Estudos de Teatro na Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa. Ao longo da sua carreira trabalhou com encenadores como Pierre Voltz, Nuno Cardoso, Andrej Sadowsky, Saguenail, Graeme Pulleyn, Rafaela Santos, Joana Craveiro, Marta Pazos, Fortunato Cerlino, Cristina Pezzoli, Luciano Melchiona, Madalena Victorino, Giacomo Scalisi, Rogério de Carvalho, Nuno Nunes, Gonçalo Amorim, entre outros.